viernes, noviembre 16, 2007

na psicanálise

Renata recostava no divã e pensava em alto e bom tom
que as amarras eram suas,
e a independência seria dela mesma, e não do outro.
De que adianta avisar a um porto que o navio se vai
se ele já está em alto mar?
O porto já sabe
e tem outros navios.
Bate com a cabeça repetidas vezes até se dar conta de que era mover seu corpo para esquerda.
Renata sorri por um momento
porque a leveza do instante seria apenas sua.
Assim como as cordas.