miércoles, marzo 11, 2009

um próximo amor

pergunto, dentro de mim,
se algum dia amarei de novo como já amei.
Quem sabe eu chorei todas as vezes por isso. Com o medo de perder essa capacidade. Egoísta, somos egoístas. E eu os culpava em vão.

Pergunto,
se as escamas se condensaram depois de tanta cicatriz.

Pode ser horrível escrever, mas escrever é isso, é também visualizar o que não se faz.

Penso em escrever: abriria com uma faca de cortar pão uma brecha em minha pele seca
e deixaria um pouco sangrar para haver algo maior.
Porque há, tem que haver. Senão como que as pessoas ficam com 80 anos?

O tempo é um menino que joga bola no subúrbio.
Rio pra vida, ela ri pra mim.