sábado, agosto 08, 2009

chorava

Chegou de viagem meio aturdida. Carregou as malas com um resto de força da noite mal dormida no voo de um dia e meio.
Voltava a casa de sua infância, no bairro mais lindo que poderia ter imaginado.
Abria portas que davam a corredores e quartos, suas lágrimas desciam para tocar ao chão de mármore novo. Benvindas.

A casa cheirava a seus pais, lhe dava paz,
e as emoções lhe afloravam por todos poros da pele.

Ia acontecer todas as vezes que ela reencontrasse a si mesma.
Ana é feita de água, como eu.
Corpos de ondas douradas sobre a cama de seu antigo quarto.