cinema
Ela ia para o cinema naquela sessão das 4. Eram sempre ela e mais dois casais, quem sabe um casal e meio, quiçá um dos avôs morreu e vinha a nova viúva compadecer-se do novo trauma com ajuda de algum entretenimento, um sorriso.
Amava aquele filme por uma pequena parte. Tratava-se de um filme como qualquer outro, mocinho, mocinha, bandido, conflito, resolução. Mas no meio, em algum desses intermedios que nada tinham a acrescentar, havia uma música que lembrava cheiros e imagens de alguma infância que não foi a dela.
Pensava em campos floridos e vestidos brancos, crianças correndo e árvores cheias de maçã.
A parte sempre terminava e era necessário comprar outro ingresso no dia seguinte.
Amava aquele filme por uma pequena parte. Tratava-se de um filme como qualquer outro, mocinho, mocinha, bandido, conflito, resolução. Mas no meio, em algum desses intermedios que nada tinham a acrescentar, havia uma música que lembrava cheiros e imagens de alguma infância que não foi a dela.
Pensava em campos floridos e vestidos brancos, crianças correndo e árvores cheias de maçã.
A parte sempre terminava e era necessário comprar outro ingresso no dia seguinte.
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