martes, abril 27, 2010

dark

Ouviu um tiro no meio da tarde.
Era um prédio de poço, seu apartamento dava para mais cinco.
O tiro tinha ecoado do lado direito, era um tom alto e estridente, som que leva o ar consigo, engolidor de ar.

Não escutava nem buzinas nem ambulâncias,
já começava a pensar que talvez não fosse nada daquilo.

Pensou por último; Às vezes coisas morrem, e a gente não fica de luto.

Etiquetas: