...
Maria chora triste na bancada de sua janela.
Nela repousam as flores de seu último amor, Pedro.
Maria gosta de dizer último, dá uma tragicidade, lhe dá autoridade para sofrer e afirmar
"Era o amor da minha vida."
Pedro já o via de outra maneira.
Ainda que gostasse do amor sofrido de Maria, em algum momento lhe encheu a necessidade de cuidar e se deu conta de que
na verdade em Maria
não havia o que curar
sofrer para ela era amar,
Gritava Maria na bancada.
Chorou alto mais uma vez.
A manhã ressoava suas lágrimas.
Esbravejou tirar-se a vida, de nada mais fazia sentido, ora.
(o pulso esquerdo de Maria esbarra no pote de rosas murchas)
(em queda livre do sétimo andar, as flores podres acertam a cabeça de Pedro
que de maneira certeira
beija o frio cimento da calçada de Maria.)
Nela repousam as flores de seu último amor, Pedro.
Maria gosta de dizer último, dá uma tragicidade, lhe dá autoridade para sofrer e afirmar
"Era o amor da minha vida."
Pedro já o via de outra maneira.
Ainda que gostasse do amor sofrido de Maria, em algum momento lhe encheu a necessidade de cuidar e se deu conta de que
na verdade em Maria
não havia o que curar
sofrer para ela era amar,
Gritava Maria na bancada.
Chorou alto mais uma vez.
A manhã ressoava suas lágrimas.
Esbravejou tirar-se a vida, de nada mais fazia sentido, ora.
(o pulso esquerdo de Maria esbarra no pote de rosas murchas)
(em queda livre do sétimo andar, as flores podres acertam a cabeça de Pedro
que de maneira certeira
beija o frio cimento da calçada de Maria.)
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