miércoles, abril 30, 2008

versos

Corpo de Paula pedia por palavras quando sentia desprazer.
Porque não era dor, não, que isso é outra coisa.
Frases brotavam quando sofria por ter se desamado, machucar-se em voluntário
como um suicida que estende o pulso para o corte.
Era uma dor de prazer sofrido, um desprazer, daí.

Paula agora tinha sorrisos e leveza
e até sentir seu peso contra a cama
não voltaria a se cortar.