lunes, junio 30, 2008

Albertina

Ela morava no Humaitá,
mas toda vez que pegava o metro para o Catete se lembrava do bafo sujo de Aristeu.
Logo pela manhã, da maconha que fumou antes de dormir e impregnou as narinas e a boca.
Ria porque os dois tinham nome de velho,
e juntava sem querer partes dele com as suas.
Seu anel de coco, seu all star encardido, um chapéu de carnaval pendurado no banheiro da kitinete.
Aristeu era mais velho,
mas precisava de mais liberdade. Albertina era menina
mas já não sabia mais brincar de coisas bobas.
Agora guardava bugigangas.