Anali
-Afonso.
Sussurrou baixinho do lençol. Fazia um pouco uma voz infantil, tinha a cara inchada de sono, acostumada, dormiu com a cara prensada entre o ombro dele e seu travesseiro.
Rastejou um pouco pra fora da coberta, como um animalzinho, os animaisinhos que somos Afonzinho, ela fazia assim com a voz, dizia também no diminutivo que era pra no fundo incomodar um pouco a ele.
Ela beliscava com seus molares, tinha sua boca envergada, um pedaço de cotovelo, mordia e escrevia em si coisas suas, ainda acordando. Ele fazia dormir, mas a respiração já não era em compasso de dois, e Anali já não acompanhava, tinha cara de sono e seu pulmãozinho quase não ressoava.
Não Anali, dizia seu olhar.
Anali brincou de ingênua. Ela parou um pouco pra perguntar o que fora.
Foi aí, com a boca recostada, que a terra congelou. Abriram-se dois oceanos e uma ilha em plena Guanabara.
Sussurrou baixinho do lençol. Fazia um pouco uma voz infantil, tinha a cara inchada de sono, acostumada, dormiu com a cara prensada entre o ombro dele e seu travesseiro.
Rastejou um pouco pra fora da coberta, como um animalzinho, os animaisinhos que somos Afonzinho, ela fazia assim com a voz, dizia também no diminutivo que era pra no fundo incomodar um pouco a ele.
Ela beliscava com seus molares, tinha sua boca envergada, um pedaço de cotovelo, mordia e escrevia em si coisas suas, ainda acordando. Ele fazia dormir, mas a respiração já não era em compasso de dois, e Anali já não acompanhava, tinha cara de sono e seu pulmãozinho quase não ressoava.
Não Anali, dizia seu olhar.
Anali brincou de ingênua. Ela parou um pouco pra perguntar o que fora.
Foi aí, com a boca recostada, que a terra congelou. Abriram-se dois oceanos e uma ilha em plena Guanabara.
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