sábado, julio 12, 2008

falta

Sempre soube demais o que queria e achava que a pior coisa do mundo sempre seria não ter aquilo que escolhi. É que eu sou filha única e esse sempre foi o dilema, a escolha em si como ato da construção do que sou. Porque sempre pude escolher. De fato me simplificava e ficava burra a opções e para isentar qualquer explicação, poderia inclusive ser mais fácil escolher algo que eu já sabia que não servia.
Porque eu não sei ler os sinais ou porque não quero. Porque julgo minha verdade grande demais para minha pessoa e projeto no mundo grandes respostas aas minhas perguntas.
Tudo bobagem.
É que hoje eu me emocionei vendo um filme bobo. Era uma moça que perdia o seu amante. O amante era King Kong, um macaco grande, besta, cego. Ele seguia ela da selva até a cidade e fatalmente morria rodeado de helicópteros e policiais.
Não sei bem com quem me identifiquei, apenas que chorei.