domingo, octubre 24, 2010

recuada

as plantas descuidadas,
a tua pimenteira amarela,
eram decoração de um filme brasileiro.
Destes em que soa bossa nova,
e amantes andam descalços pela orla.

vai a onda

Chico dizia
que a mentira podia ser verdadeira,
se dada mentira fosse dita, só pra mim.

lunes, octubre 18, 2010

o tempo me obriga a escrever.
fumaça dispersa, labareda da lapa,
encendeia uma casa,
e se apaga de madrugada.
Um gato branco fugiu.

javier

Voce tinha tanto medo das palavras,
que nunca falamos em despedida.
Eu fiquei com tanto medo das palavras,
que para mim era conveniente,
os desencontros cibernéticos.
E foi pouco a pouco, mês a mês,
como uma flor despetalada,
nosso romance se terminou,
o vento secou.

Fazem falta as palavras.
Essas o tempo também limpou.

domingo, octubre 17, 2010

fogo

Tinha duas alianças douradas, de ouro branco.
Nunca fez o pedido.

miércoles, octubre 13, 2010

e.t.

Elas eram muitas. Bonitas, ricas e fúteis.
Quando falavam, quebravam e criavam palavras bobas,
e para bancar todo vazio,
sorriam em fotos digitais, se jubilavam mutuamente, e se curtiam no Facebook.

O outro, sou eu.

dias

alguns são pontos parágrafos. Podem ser horas também.

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jueves, octubre 07, 2010

e as voltas

Clara, era seu nome, se o tivesse escolhido ela mesma.
Numa aula de francês, todos tiveram que inventar seus nomes. Eva virou Claire.

Clara, clareza, clarividente. Assim começava algum livro.
Pois clara se fez a noite para ela. Fez buscas e perfurações,
profundas

Ele ao lado dela, não era para Clara.
As pessoas e seus monologos,
clareou em sua cabeça.