Pedro, Eva, Pedra em meu caminho, cruzei a rua, acho que a voluntários, eu pra um lado, você pro outro. Pedro no meu caminho, cruzou a rua, de relance nos falamos.
Foi um encontro diminuto, distante involuntário.
Se esbarraram de novo. Duas vezes em uma semana. Tanta gente nessa cidade. Pedro perguntou se morava em Botafogo. Eva, besta, disse que não. Porque não morava. Mas moraria. Seria uma boa deixa, se não fossem as pedras. No meu caminho, sempre tropeço em pedrinhas.
De dentro da casca de ovo, ela, geminha, gemia, chorava, entristecia. Dizia coisas do avesso, escutava murmurios do mundo la fora, e se amedrontava para dentro da casca, oca. Aquecia a cidade, fervia de gente, o ovo rolava na rua, ia quebrar a qualquer momento, romantismos a parte, seria clara e gema estatelada no chão da calçada do Rio de Janeiro, sempre carnavalesco.