miércoles, septiembre 26, 2012

Corcel negro

Sonhei com um cavalo negro. Não sei se eu era ele, ou se apenas o via de uma distância consciente. Havia essa cena, de um grupo de farsantes, todos eles atores para alguma peça, não sei qual, e o cavalo, único animal real do grupo, tinha que desempenhar a seguinte ação; saltava desde uma distância curta, e aterrissava sobre uma cachoeira. Nesta, ele tinha que se manter de pé, enquanto cavalgava. Os primeiros takes, o cavalo aguenta. No terceiro, 4o, já é normal ele derrapar, e afundar-se e arranhar-se para voltar a superfície e fazer de novo. Depois perde-se a conta, e o que ocorre é uma exaustão tremenda. De súbito a cena termina. Lembro que eu pedia que parassem, mas não sei se falava ou pensava, eis a dúvida de quem eu era nisto tudo. O cavalo terminava massacrado embaixo de lixo. Vivo, mas tão exausto que sequer era capaz de levantar-se.

sábado, septiembre 08, 2012

meu fantasma

eu faço café compro meu pão, dois. Passo minha manteiga de manhã, leio as notícias e vou pro trabalho. O problema todo, é que de noite eu sonho, e daí você tá deitado do meu lado, tão perto e longe, walking clichê. E daí a gente briga, eu brigo, porque o sonho é meu. E digo tudo o que não tive tempo pra te dizer. Porque você nem mentira soube inventar. E eu berro, e eu grito. E acordo cansada. E por isso tomo café.